mobiliário
[Do fr. mobiliaire.]
Adjetivo.
1. Relativo a, ou constituído por bens móveis:
herança mobiliária. [Fem.: mobiliária. Cf. mobiliaria, do v. mobiliar.] ~ V. dívida -a, valor -.
Substantivo masculino.
2. Conjunto de móveis; mobília.
Mobiliário urbano. 1. Arquit. O conjunto dos equipamentos localizados em áreas públicas de uma cidade tais como abrigos de pontos de ônibus, bancos e mesas de rua, telefones públicos, instalações sanitárias, caixas de correio, objetos de recreação, etc.:
"Em Belo Horizonte, o mobiliário urbano da Praça da Savassi - bancos, protetores de canteiros, lixeiras e cabines telefônicas - também foi todo construído com o material [o aço]" (Veja, 5.5.1999).
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Talheres infantis Comer Brincando, de José Bornancini e Nelson Petzold, que estão na mostra Ícones do Design - França / Brasil, que reúne 44 obras realizadas desde o início do século 20 por designers brasileiros e franceses. Mais.
Fotos e projeto do Orelhão, 1971, telefone público de Chu Ming Silveira
Com curadoria do historiador francês Cédric Morisset e da jornalista e crítica de design Adélia Borges, a mostra traz 44 itens - 22 de design brasileiro e 22 de design francês- entre mobiliário, utensílios, luminárias, cartazes e é parte das comemorações do ano da França no Brasil.
Depois do Museu da Casa Brasileira, "Ícones do Design: França- Brasil" viaja para o Paço Imperial, no Rio.
Segundo Adélia Borges, entre os objetos escolhidos estão projetos "que expressaram seu tempo, seu lugar. Que venderam muito. Alguns objetos são altamente atraentes e capturam de imediato a nossa atenção. Também graças ao papel da mídia, que ecoa mais um tipo de produto do que outro, eles rapidamente se tornam alvo do nosso desejo. A maioria dos objetos aqui incluídos vão além da função, para nos tocar com a emoção. Eles atuam como chaves de acesso à memória afetiva, estabelecendo uma conexão emocional, às vezes até amigável, com os usuários. Quase todos, ainda, ao captar e expressar o espírito de seu tempo, acabam por transpassar o portal da temporalidade."
Exposição montada com a cadeira 3 pés de Joaquim Tenreiro e a luminária bossa de Fernando Prado, 2005
Em texto que assina em colaboração com a curadora associada Helene Convert, Morisser define ícone:
"Para tornar-se ícone, o objeto deve estar em sintonia com o desejo da sua época. A cadeira Standard, de Jean Prouvé, nunca foi considerada na sua época como um ícone, nem criada no intuito de marcar as consciências. Foi o sistema mercadológico que a trouxe para a frente da cena, num primeiro momento pelas galerias de design vintage e, mais tarde, pela reedição do modelo pelo editor suíço Vitra. Valorizada, comunicada, reintegrada na mitologia do design, tornada desejável, vendida, a cadeira ganhou o estatuto de ícone e o desejo dos seus contemporâneos, 50 anos após a sua criação. Se o ícone do design é, de fato, o objeto instrumentalizado da sociedade de consumo, também é aquele que conseguiu se impor entre os outros, na hora ou mais tarde, permanecendo como produto ou saindo parcialmente da rede comercial".
De cima para baixo: cartaz da BIC Cristal de 1950; Mobilette, Pininfarina, 2006; cadeira standard, Jean Prouvé, 1934; cadeira Tolix, de Xavier Pauchard, 1934; espremedor de cítricos de Philippe Starck, 1990
"É esta capacidade de o objeto marcar o seu tempo simbólica e visualmente, relegando ao mesmo tempo o seu valor de uso a um plano secundário, que caracteriza todos os ícones do design. Assim, talvez se dê com o espremedor de frutas Juicy Salif de Philippe Starck, apresentado nesta exposição, com características tanto de escultura quanto de produto de uso. Alessi, o fabricante, aconselha até que o modelo dourado, editado em série limitada em 2000, seja, em vez de utilizado, exposto em cima de uma prateleira. Entretanto, amado ou execrado, o Juicy Salif encarna incontestavelmente a evolução do design produzido no final do século XX. Esse objeto, mais do que qualquer outro, marca a evolução das prioridades do consumidor, indo da necessidade para o desejo, que Guy Debord descreve como "um fetichismo da mercadoria".
Ícones do Design: França - Brasil
Abertura: 13 de agosto, 19h30
Visitação: de 14 de agosto a 20 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 18h
Museu da Casa Brasileira - av. Faria Lima, 2705 - Tel. 11 3032-3727 Jardim Paulistano São Paulo
Ingresso: R$ 4,00 - Estudantes: R$ 2,00 Gratuito domingos e feriados Acesso para pessoas com deficiência.
Desse modo, a relatividade geral nos obriga a adotar noções radicalmente novas e contra-intuitivas a respeito do espaço, do tempo e da causalidade; por isso, não surpreende que tenha provocado profundo impacto não apenas nas ciências naturais como também na filosofia, na crítica literária e nas ciências humanas.
Por exemplo, num célebre simpósio realizado há três décadas sobre "Les Langages Critiques et les Sciences de l'Homme", Jean Hyppolite levantou uma questão incisiva sobre a teoria da estrutura e dos signos no discurso científico, de Jacques Derrida.
A perspicaz resposta de Derrida foi ao âmago da relatividade geral clássica: "A constante einsteiniana não é uma constante, não é um centro. É o próprio conceito de variabilidade _é, finalmente, o conceito do jogo. Em outras palavras, não é o conceito de alguma coisa _de um centro a partir do qual um observador pode dominar o campo_, mas o próprio conceito do jogo".
Em termos matemáticos, a observação de Derrida liga-se à invariância da equação de campo de Einstein sob difeomorfismos (auto-aplicações da variedade espaço-temporal infinitamente diferenciáveis mas não necessariamente analíticas) não-lineares do espaço-tempo. O ponto-chave é que esse grupo de invariância "age transitivamente": isso significa que qualquer ponto do espaço-tempo, caso exista, pode ser transformado em qualquer outro. Dessa forma, o grupo de invariância de dimensão infinita dissolve a distinção entre observador e observado; o de Euclides e o G de Newton, antes imaginados constantes e universais, são agora percebidos em sua inelutável historicidade; e o observador putativo se torna fatalmente de-centrado, desconectado de qualquer ligação epistêmica com um ponto do espaço-tempo que não pode mais ser definido apenas pela geometria.
Alan Sokal é professor de física na Universidade de Nova York. Tem colaborações científicas na Itália e no Brasil (Universidade Federal de Minas Gerais). Durante o governo sandinista, ensinou matemática na Universidade Nacional da Nicarágua. Junto com o belga Jean Bricmont escreve "Les Impostures Scientifiques des Philosophes (Post-)Modernes" _em que se examinam as bobagens matemáticas de Lyotard, Baudrillard, Deleuze, Guattari e Virilio.
Além das referências do texto, o "caso Sokal" apareceu nas primeiras páginas do "New York Times", do "International Herald Tribune" e do "Observer". Naturalmente, está dando origem a considerável trânsito de e-mails na Internet. Home pages que vale a pena visitar: