Biografias

O CÉREBRO CRIATIVO

O CÉREBRO CRIATIVO


Em minha opinião, a mais fantástica constatação que a tecnologia do século XX permitiu aos médicos foi a certeza de que os cérebros são diferentes.

O estômago de todos mundo digere, os pulmões respiram, já quantos aos cérebros, cada um faz o que pode.

O cérebro "padrão" seleciona cerca de sete estímulos por vez, entre as centenas de imagens, sons e percepções recebidas, para compor o pensamento.
Esta seleção de sete estímulos torna as pessoas comuns objetivas e previsíveis.

No entanto, dez por cento da população é geneticamente premiada com um cérebro diferente, sem a capacidade de filtrar as informações recebidas. Estas pessoas têm a atenção direcionada a centenas de estímulos simultaneamente; são hiperreativas, impulsivas e distraídas, para começar a conversa. O cérebro DDA - distúrbio da atenção - já recebeu vários rótulos: deficiência cerebral mínima, crise hipercinética, ausência de controle moral e outros.

Quando criança, o indivíduo DDA troca letras, derruba coisas, acha a escola um tédio, é desorganizado e ouve mais "não pode" e críticas do que seus
colegas. Estas pessoas crescem com a sensação de serem indesejadas e incompreendidas.

O cérebro DDA só se concentra quando a atenção é captada, ele necessita de jogos, músicas e elogios em penca. Uma vez captada a atenção surge outra característica notável: o hiperfoco, uma concentração concentrada.

Um notável cérebro DDA, Eisntein, péssimo aluno,focou vinte anos a questão do que acontece com os objetos à velocidade da luz. Outro sonhador, Gran Bell, levou anos para resolver como falar com alguém do outro lado do planeta. E que dizer do maluco que resolveu domesticar a eletricidade, a mortal energia dos raios? Convenhamos, as pessoas sensatas não se ocupam com estas tolices. Sorte da humanidade que haja cérebros DDA, pobres sofredores incompreendidos! Para eles, o mundo comum é tão pobre...

Quando amam, é tudo ou nada. Há um excesso de emoção e a tendência de idealizar o objeto amado. Verdade é que alguns DDA se apaixonam por suas
carreiras ou pela ciência. Artistas são DDA que sublimam a emoção em músicas, romances, poesias...

De Fernando Pessoa, cuja vida e obra encaixam-se no conceito de DDA, deixo a palavra com a psiquiatra Ana Beatriz da Silva, autora do livro Mentes
Inquietas:

Fernando Pessoa sinaliza em sua obra traços de uma mente com funcionamento DDA: inquietação, contradição, desorganização, devaneios, hiperconcentração, criatividade, intolerância ao tédio, dificuldades em seguir regras. Criou vários "eus", os famosos heterônimos, para descrever o mundo sob diversos ângulos.

Os desencontros amorosos estão presentes:

"Cobre-me um frio de janeiro/ no junho do meu carinho."

A baixa auto-estima aparece de maneira clara no poema Tabacaria:

"Não sou nada / Nunca serei nada / Não posso querer ser nada / À parte isso/ Tenho em mim todos os sonhos do mundo."

E, certamente, Fernando Pessoa nos fornece a receita do sucesso, nas palavras de Ricardo Reis:

"Para ser grande,sê inteiro/ nada teu exagera ou exclui/ Sê todo em cada coisa/ Põe quanto és no mínimo que fazes/ Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alto vive."

Pois é preciso agir ou o DDA corre o risco de passar pela vida anonimamente a observar estrelas, deixando atrás de si um rastro de roupas esparramadas,
gavetas abertas e corações partidos.

Einstein escreveu sua teoria da relatividade, publicou -a, fez conferências a respeito e tornou-se um criador. É verdade que a maioria dos mortais não entendeu nada, mas, já que o homem falou tanto, acharam melhor retirá-lo da Alemanha e dar-lhe um prêmio Nobel, por via das dúvidas.

Bem, reconhecimento - em vida - é ótimo!

Este é o desafio do cérebro DDA: ultrapassar a fase do sonhador e tomar atitudes práticas; sair do mundo das idéias e lançar fachos de luz sobre os habitantes da caverna.



Texto Copiado e Colado Da Internet
E os créditos vão para: Sonia Rodrigues, médica e escritora - « Voltar

Marcadores: , , , , , , ,



# 2/04/2008 10:15:00 PM, Comentários, Links para esta postagem,

Biografias


Biografias

text
adorno.rtf

3827 octets
text
aeinstei.rtf

27075 octets
text
agatha.rtf

20200 octets
text
ahepburn.rtf

1930 octets
text
alefle.rtf

1545 octets
text
alphonsu.rtf

2664 octets
text
anjos.rtf

1921 octets
text
asmith.rtf

20494 octets
text
beatama.rtf

8152 octets
text
bento.rtf

1410 octets
text
bethania.rtf

14617 octets
text
bguimara.rtf

5339 octets
text
booleana.rtf

5111 octets
text
braguinh.rtf

8101 octets
text
calves.rtf

2352 octets
text
cchagas.rtf

3475 octets
text
cesouza.rtf

3579 octets
text
chagas.rtf

9544 octets
text
clarice.rtf

71239 octets
text
clcosta.rtf

2327 octets
text
cock.rtf

7161 octets
text
crowley.rtf

9046 octets
text
damme.rtf

3394 octets
text
eins03.rtf

11255 octets
text
etadeu.rtf

2514 octets
text
hilaire.rtf

5880 octets
text
jchaves.rtf

4691 octets
text
langg.rtf

1798 octets
text
lbarreto.rtf

2556 octets
text
meida.rtf

1938 octets
text
rfreire.rtf

5721 octets
text
tiradent.rtf

2361 octets
text
toquinho.rtf

14582 octets
text
van.rtf

4745 octets
text
young.rtf

3385 octets
text
zevedo.rtf

1913 octets

Marcadores:



# 1/12/2008 01:39:00 AM, Comentários, Links para esta postagem,

De quem é a voz da chamada a cobrar?

,

De quem é a voz da chamada a cobrar?

A dona da voz é a locutora paulista Patrícia Godoy. Toda vez que você liga para alguém a cobrar, ouve a mensagem 'chamada a cobrar: diga seu nome e a cidade de onde está falando'. Quem está do outro lado da linha, recebendo a ligação, ouve 'chamada a cobrar: para aceitá-la, continue na linha após a identificação'. As duas mensagens foram gravadas com a voz de Patrícia, que você vê na foto ao lado. Apesar de ser formada em piano clássico, educação física e laboratórios médicos, Patrícia trabalha como atriz desde os 15 anos, quando começou a fazer comerciais, gravar jingles e dublar vozes. A dona da voz também já fez novelas e apresentou telejornais no SBT. Agora sua principal ocupação é como locutora de comerciais. 'Meus amigos já até sabem quando um comercial tem a minha voz', diz. A chamada a cobrar automática (com a discagem do 9 na frente do número) existe no Brasil desde 1984. Antes, dava um trabalhão: o usuário tinha que ligar para a telefonista, que então fazia a ligação. Hoje, quando alguém recebe uma chamada a cobrar, tem seis segundos para decidir se a aceita ou não - é nesse intervalo que entra a mensagem com a voz da locutora. Depois desse período, a ligação começa automaticamente a ser cobrada. (-:

Marcadores: , , ,



# 1/11/2008 12:00:00 AM, Comentários, Links para esta postagem,

20 curiosidades sobre Steve Jobs

,
O Esquizopedia publicou uma lista com 20 curiosidades sobre o CEO da Apple, Steve Jobs. Como o site é em espanhol, tomei liberdade de traduzir e publicá-las aqui.

  1. Nasceu em São Francisco mas foi adotado por Paul e Clara Jobs, em Mountain View, na Califórnia (Estados Unidos).
  2. Seus pais biológicos são Joanne Carole Schieble e Abdulfattah Jandali.
  3. Nos anos 60, falhas foram encontradas no sistema telefônico da AT&T. Na ocasião, Steve Jobs junto com seu amigo Steve Wozniak criaram "caixas azuis" que faziam ligações ilegais de longa distância gratuitamente.
  4. Jobs já se isolou espiritualmente na Índia, onde usou LSD para alcançar iluminação.
  5. Em 1985, Jobs foi demitido da Apple, companhia que ele mesmo fundou.
  6. Na ocasião, Jobs vendeu todas as suas ações da Apple, exceto uma, para poder continuar participando de reuniões de acionistas e receber informativos sobre benefícios.
  7. Jobs comprou o The Graphics Group nas mãos de George Lucas - que mais tarde seria renomeado para Pixar - por US$10 milhões.
  8. Ele fundou a NeXT, empresa especializada no desenvolvimento de computadores avançados.
  9. Os primeiros servidores da World Wide Web e do jogo Doom foram desenvolvidos pela NeXT.
  10. Em 1996, a Apple compra a NeXT de Steve Jobs e ele volta à companhia.
  11. Durante muitos anos, Jobs era o terror dos empregados da Apple. Demissões em massa eram constantes.
  12. O salário oficial de Steve Jobs pela Apple é de US$1 anual. Ele está no Livro dos Recordes como o CEO que tem o salário mais baixo do mundo.
  13. Steve Jobs está sendo investigado pelo governo norte-americano por suspeitas de fraudes em ações e sonegação de impostos.
  14. Ele é hoje o maior acionista da Disney, com 7% da empresa em seu poder.
  15. Além dos três filhos que teve com sua esposa, Laurene Powell, ele também teve uma filha com Lisa Brennan que ele nunca reconheceu como sua.
  16. Só come verduras e mariscos.
  17. Em 1984, comprou uma mansão espanhola estilo colonial onde viveu por 10 anos com quase nenhum móvel.
  18. Na entrada da sua mansão, ele tinha uma motocicleta BMW que pertencia a Bill Clinton.
  19. Sobreviveu a um raro câncer de pâncreas.
  20. Não se dá bem com Michael Dell.

Marcadores: , , , , ,



# 8/12/2007 12:00:00 AM, Comentários, Links para esta postagem,

Continue faminto, continue ingênuo

, Steve Jobs fez um discurso para formandos da Universidade de Stanford, e, de fato, a íntegra do discurso já foi postada na Internet.

Ao contrário de outros discursos do gênero, eu achei este tão bacana que resolvi fazer uma tradução livre (não livre como em "software", mas livre como em "meio nas coxas, mas dá pra encarar"). Segue:

Obrigado. Me sinto honrado por estar com vocês hoje para sua formatura em uma das melhores universidades do mundo. Para dizer a verdade, eu nunca me formei, e isto é o mais perto que eu já estive de uma formatura.

Hoje eu quero contar a vocês três histórias da minha vida. Só isso. Nada de mais. Só três histórias. A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu me desliguei da Faculdade Reed depois dos primeiros seis meses mas fiquei por perto como visitante por uns dezoito meses antes de realmente abandoná-la. Então, por que eu saí? Isso começou antes do meu nascimento. Minha mãe biológica era uma jovem (e solteira) estudante de graduação, e decidiu me inscrever para adoção. Ela tinha um sentimento forte de que eu deveria ser adotado por pessoas formadas, então tudo foi acertado para que eu fosse adotado ao nascer por um advogado e sua esposa, só que quando eu vim ao mundo eles decidiram que queriam uma garotinha. Daí meus pais, que estavam numa lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite, perguntando: "Nós temos um bebê (menino) inesperado. Vocês querem ele?" Eles disseram "Claro." Minha mãe biológica descobriu mais tarde que minha mãe jamais se formou na faculdade e que meu pai sequer se formou no segundo grau. Ela se recusou a assinar os documentos finais de adoção. Ela só reconsiderou alguns meses depois quando meus pais prometeram que eu iria para a faculdade.

Esse foi o início da minha vida. E dezessete anos depois, eu fui para a faculdade, mas eu inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford, e todas as economias dos meus pais da "classe trabalhadora" estavam sendo gastas na mensalidade. Depois de seis meses, eu não consegui enxergar valor nisso. Eu não tinha idéia do que queria fazer com a minha vida, e nenhuma idéia de como a faculdade iria me ajudar a descobrir, e lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais economizaram a vida toda. Então eu decidi sair, e acreditei que tudo correria bem. Foi bastante assustador naquela época, mas olhando em retrospectiva, foi uma das melhores decisões que eu já tomei. No minuto em que eu desisti, eu parei de freqüentar as matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a entrar naquelas que pareciam mais interessantes.

Nem tudo foram flores. Eu não tinha um alojamento, então eu dormia no chão dos alojamentos dos amigos. Eu devolvia garrafas de Coca-Cola em troca do depósito de cinco centavos para comprar comida, e todo sábado à noite eu atravessava onze quilômetros na cidade a pé para comer uma refeição decente por semana no templo Hare Krishna. Eu adorei. E muito do que eu encontrei seguindo minha curiosidade e intuição acabou se mostrando sem preço mais tarde. Me deixem dar um exemplo.

Naquela época, a Faucludade Reed oferecia o que talvez fosse o melhor ensino de caligrafia no país. Em todo o campus, cada cartaz, cada etiqueta em cada gaveta era graciosamente escrita a mão. Como eu havia abandonado o curso e não tinha que ir às aulas regulares, decidi tomar uma aula de caligrafia para aprender como fazer isto. Eu aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre a variação da quantidade de espaço entre as diferentes combinações de letra, sobre o que torna ótima a tipografia ótima. Era belo, histórico e e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode capturar, e eu achei isso fascinante.

Nada disso teve qualquer aplicação prática na minha vida. Mas dez anos depois, quando estávamos projetando o primeiro computador Macintosh, tudo isso veio a mim, e nós colocamos tudo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse aparecido naquela única matéria na faculdade, o Mac nunca teria tido múltiplas fontes ou fontes de espaçamento proporcional, e já que o Windows simplesmente copiou o Mac, é provável que nenhum computador pessoal as tivesse.

Se eu não tivesse abandonado a faculdade, eu nunca teria entrado naquela aula de caligrafia, e os computadores pessoais poderiam não ter a maravilhosa tipografia que têm.

Claro que era impossível ligar os pontos olhando para a frente quando eu estava na faculdade, mas ficou muito, muito claro quando olhei para trás 10 anos depois. Repetindo: você não liga os pontos olhando para a frente. Você só consegue ligá-los olhando para trás, então você tem que acreditar que os pontos vão se ligar de alguma forma no seu futuro. Você tem que acreditar em algo - sua coragem, destino, vida, karma, que seja - porque acreditar que os pontos vão se ligar no seu caminho vai lhe dar a confiança para seguir seu coração, mesmo quando ele te guia para longe do caminho seguro, e isso vai fazer toda a diferença.

Minha segunda história é sobre amor e perda. Eu tive sorte. Eu descobri o que eu amava fazer muito cedo na vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha vinte anos. Nós trabalhamos duro e em dez anos a Apple, de nós dois numa garagem, tornou-se uma empresa de US$ 2 bilhões com mais de 4.000 funcionários. Nós tínhamos acabado de lançar nossa melhor criação, o Macintosh, um ano antes disso. Eu tinha acabado de fazer 30 anos, e aí fui demitido. Como você pode ser demitido de uma empresa que criou? Bem, à medida que a Apple cresceu, nós contratamos alguém que eu achava muito talentoso para tocar a empresa comigo, e lá pelo primeiro ano, as coisas iam bem. Mas aí nossas visões do futuro começaram a divergir, e no final das contas nós nos confrontamos. Quando isso aconteceu, a diretoria ficou do lado dele, e com isso, aos trinta eu estava fora - e bem publicamente fora. O que havia sido o foco de toda a minha vida adulta se foi, e isso foi devastador. Eu realmente não soube o que fazer durante alguns meses. Eu me sentia como se tivesse decepcionado a geração anterior de empreendedores, como se eu tivesse deixado o bastão cair quando ele foi passado para mim. Eu encontrei com David Packard e Bob Noyce e tentei pedir desculpas por ferrar tanto com tudo. Eu era um fracasso bastante público, e pensei até em deixar o Vale do Silício. Mas lentamente algo começou a nascer em mim. Eu ainda amava o que eu fazia. A virada de mesa na Apple não havia mudado isso nem um pouquinho. Eu tinha tomado um fora, mas ainda estava apaixonado. E assim resolvi começar de novo.

Eu não vi isso na época, mas o que aconteceu foi que ser despedido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo. O peso do sucesso foi substituído pela leveza de ser novamente um iniciante, com menos certezas sobretudo. Isso me libertou para que eu pudesse entrar em um dos períodos mais criativos da minha vida. Nos cinco anos seguintes eu criei umaempresa chamada NeXT, outra empresa chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher incrível, que viria a se tornar minha esposa. A Pixar seguiu e criou o primeiro longa-metragem feito em computação gráfica, "Toy Story", e hoje é o estúdio de animação de maior sucesso do mundo.

Numa virada memorável dos acontecimentos, a Apple comprou a NeXT, e eu voltei para a Apple, e a tecnologia que nós desenvolvemos na NeXT está no coração da atual renascença daApple, e Lorene e eu temos juntos uma fantástica família.

Eu tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio amargo, mas eu acho que o paciente precisava dele. Às vezes a vida vai te acertar um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Eu estou convencido de que a única coisa que me manteve prosseguindo foi que eu amava o que fazia. Você tem que descobrir o que ama, e isso é tão válido para o trabalho quanto para os seus amantes. Seu trabalho vai preencher uma boa parte da sua vida, e a única maneira de se tornar plenamente satisfeito é fazer o que você acredita ser um trabalho ótimo, e a única maneira de fazer um ótimo trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não descobriu o que é, continue procurando, e não se acomode. Como tudo o que envolve o coração, você vai saber quando tiver encontrado, e como em qualquer relacionamento ótimo, as coisas só vão melhorando à medida que os anos passam. Então continue procurando. Não se acomode.

Minha terceira história é sobre morte. Quando eu tinha 17 anos eu li uma citação que era algo do tipo "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia você seguramente estará certo." Isso me deixou impressionado, e, desde então, nos últimos 33 anos, eu olhei no espelho todas as manhãs e me perguntei, "Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu gostaria de fazer o que vou fazer hoje?" E sempre que a resposta fosse "não" durante muitos dias seguidos, eu sabia que precisava mudar alguma coisa. Lembrar que estarei morto em breve é a coisa mais importante que eu encontrei para me ajudar nas grandes escolhas da vida, porque quase tudo - todas as espectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de passar vergonha ou de fracassar - essas coisas simplesmente caem por terra diante da morte, deixando apenas o que é importante de verdade. Lembrar que você vai morrer é o melhor jeito que eu conheço de evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há motivo para não seguir seu coração.

Há cerca de um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Eu passei por um exame às 7:30 da manhã e ele mostrava claramente um tumor no meu pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que isso era quase certamente um tipo incurável de câncer, e que eu não deveria esperar viver mais do que três ou seis meses. Meu médico me aconselhou a ir para casa e colocar os meus assuntos em ordem, o que é um código dos médicos para "prepare-se para morrer." Isso significa tentar dizer aos seus filhos tudo o que você achava que teria dez anos para dizezr, em apenas alguns meses. Isso significa ter certeza de que tudo está arranjado para que o processo seja tão fácil quanto for possível para sua família. Isso significa fazer as suas despedidas.

Eu vivi com este diagnóstico o dia todo. No final da tarde eu fiz uma biópsia na qual eles enfiaram um endoscópio na minha garganta, atravessando meu estômago até o intestino, puseram uma agulha no meu pâncreas e extraíram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, me disse que quando eles viram as células no microscópio, o médico começou a chorar, porque no final se tratava de uma forma muito rara de câncer pancreático que era curável com cirurgia. Eu passei pela cirurgia, e, felizmente, hoje estou bem.

Isso foi o mais perto que eu cheguei de encarar a morte, e espero que seja o mais perto que eu chegue por mais algumas décadas. Tendo passado por isso, eu posso falar isso agora para vocês com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito útil, porém meramente intelectual. Ninguém quer morrer, até as pessoas que querem ir para o Céu não queremmorrer para chegar lá, e, no entanto, a morte é o destino que todos compartilhamos. Ninguém jamais escapou dela. E é assim que as coisas têm que ser, porque a morte é provavelmente a melhor de todas as invenções da vida. É o agente de mudança da vida; ela remove o velho para dar espaço ao novo. Neste momento, vocês são o novo. Mas algum dia, não muito distante de hoje, vocês vão gradualmente se tornar o velho e serão removidos. Desculpem por ser tão dramático, mas é a pura verdade. Seu tempo é limitado, então não o desperdicem vivendo a vida de outra pessoa. Não caiam na armadilha do dogma, que é viver com os resultados dos pensamentos de outras pessoas. Não deixem o barulho das opiniões dos outros sufucar a sua própria voz interna, seu coração e sua intuição. Eles já sabem, de alguma forma o que você quer realmente se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era jovem, havia uma incrível publicação chamada The Whole Earth Catalog, que era uma das bíblias da minha geração. Ela foi criada por um cara chaamdo Stewart Brand não muito longe daqui, em Menlo Park, e ele a trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos sessenta, antes dos computadores pessoais e da editoração eletrônica, então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era uma espécie de Google impresso, trinta e cinco anos antes do Google surgir. Era idealista, transbordando com ferramentas legais e grandes noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições do The Whole Earth Catalog, e quando ela tinha trilhado seu caminho, eles publicaram uma última edição. Era o meio dos anos 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa do último número havia uma foto de uma estrada no campo pela manhã, o tipo de estrada em que você se encontraria pedindo carona se fosse tão aventureiro. Abaixo estavam as palavras "Continue faminto, continue bobo." Essa foi a mensagem de despedida deles quando deixaram o barco. "Continue faminto, continue bobo." E eu sempre desejei isso para mim mesmo, e agora, que vocês se formaram para começar do zero, eu desejo isso para vocês. Continue famintos, continuem bobos.

Marcadores: , , ,



# 6/15/2005 03:30:00 PM, Comentários, Links para esta postagem,

Transcript of Steve Jobs' Stanford Commencement Speech

Transcript of Steve Jobs' Stanford Commencement Speech:


Thank you.
I'm honored to be with you today for your commencement from one of the finest universities in the world.
Truth be told, I never graduated from college and this is the closest I've ever gotten to a college graduation.
Today I want to tell you three stories from my life.
That's it.
No big deal.
Just three stories.
The first story is about connecting the dots.
I dropped out of Reed College after the first six months but then stayed around as a drop-in for another eighteen months or so before I really quit.
So why did I drop out? It started before I was born.
My biological mother was a young, unwed graduate student, and she decided to put me up for adoption.
She felt very strongly that I should be adopted by college graduates, so everything was all set for me to be adopted at birth by a lawyer and his wife, except that when I popped out, they decided at the last minute that they really wanted a girl.
So my parents, who were on a waiting list, got a call in the middle of the night asking, "We've got an unexpected baby boy.
Do you want him?" They said, "Of course." My biological mother found out later that my mother had never graduated from college and that my father had never graduated from high school.
She refused to sign the final adoption papers.
She only relented a few months later when my parents promised that I would go to college.
This was the start in my life.
And seventeen years later, I did go to college, but I naïvely chose a college that was almost as expensive as Stanford, and all of my working-class parents' savings were being spent on my college tuition.
After six months, I couldn't see the value in it.
I had no idea what I wanted to do with my life, and no idea of how college was going to help me figure it out, and here I was, spending all the money my parents had saved their entire life.
So I decided to drop out and trust that it would all work out OK.
It was pretty scary at the time, but looking back, it was one of the best decisions I ever made.
The minute I dropped out, I could stop taking the required classes that didn't interest me and begin dropping in on the ones that looked far more interesting.
It wasn't all romantic.
I didn't have a dorm room, so I slept on the floor in friends' rooms.
I returned Coke bottles for the five-cent deposits to buy food with, and I would walk the seven miles across town every Sunday night to get one good meal a week at the Hare Krishna temple.
I loved it.
And much of what I stumbled into by following my curiosity and intuition turned out to be priceless later on.
Let me give you one example.
Reed College at that time offered perhaps the best calligraphy instruction in the country.
Throughout the campus every poster, every label on every drawer was beautifully hand-calligraphed.
Because I had dropped out and didn't have to take the normal classes, I decided to take a calligraphy class to learn how to do this.
I learned about serif and sans-serif typefaces, about varying the amount of space between different letter combinations, about what makes great typography great.
It was beautiful, historical, artistically subtle in a way that science can't capture, and I found it fascinating.
None of this had even a hope of any practical application in my life.
But ten years later when we were designing the first Macintosh computer, it all came back to me, and we designed it all into the Mac.
It was the first computer with beautiful typography.
If I had never dropped in on that single course in college, the Mac would have never had multiple typefaces or proportionally spaced fonts, and since Windows just copied the Mac, it's likely that no personal computer would have them.
If I had never dropped out, I would have never dropped in on that calligraphy class and personals computers might not have the wonderful typography that they do.
Of course it was impossible to connect the dots looking forward when I was in college, but it was very, very clear looking backwards 10 years later.
Again, you can't connect the dots looking forward.
You can only connect them looking backwards, so you have to trust that the dots will somehow connect in your future.
You have to trust in something--your gut, destiny, life, karma, whatever--because believing that the dots will connect down the road will give you the confidence to follow your heart, even when it leads you off the well- worn path, and that will make all the difference.
My second story is about love and loss.
I was lucky.
I found what I loved to do early in life.
Woz and I started Apple in my parents' garage when I was twenty.
We worked hard and in ten years, Apple had grown from just the two of us in a garage into a $2 billion company with over 4,000 employees.
We'd just released our finest creation, the Macintosh, a year earlier, and I'd just turned thirty, and then I got fired.
How can you get fired from a company you started? Well, as Apple grew, we hired someone who I thought was very talented to run the company with me, and for the first year or so, things went well.
But then our visions of the future began to diverge, and eventually we had a falling out.
When we did, our board of directors sided with him, and so at thirty, I was out, and very publicly out.
What had been the focus of my entire adult life was gone, and it was devastating.
I really didn't know what to do for a few months.
I felt that I had let the previous generation of entrepreneurs down, that I had dropped the baton as it was being passed to me.
I met with David Packard and Bob Noyce and tried to apologize for screwing up so badly.
I was a very public failure and I even thought about running away from the Valley.
But something slowly began to dawn on me.
I still loved what I did.
The turn of events at Apple had not changed that one bit.
I'd been rejected but I was still in love.
And so I decided to start over.
I didn't see it then, but it turned out that getting fired from Apple was the best thing that could have ever happened to me.
The heaviness of being successful was replaced by the lightness of being a beginner again, less sure about everything.
It freed me to enter one of the most creative periods in my life.
During the next five years I started a company named NeXT, another company named Pixar and fell in love with an amazing woman who would become my wife.
Pixar went on to create the world's first computer-animated feature film, "Toy Story," and is now the most successful animation studio in the world.
In a remarkable turn of events, Apple bought NeXT and I returned to Apple and the technology we developed at NeXT is at the heart of Apple's current renaissance, and Lorene and I have a wonderful family together.
I'm pretty sure none of this would have happened if I hadn't been fired from Apple.
It was awful-tasting medicine but I guess the patient needed it.
Sometimes life's going to hit you in the head with a brick.
Don't lose faith.
I'm convinced that the only thing that kept me going was that I loved what I did.
You've got to find what you love, and that is as true for work as it is for your lovers.
Your work is going to fill a large part of your life, and the only way to be truly satisfied is to do what you believe is great work, and the only way to do great work is to love what you do.
If you haven't found it yet, keep looking, and don't settle.
As with all matters of the heart, you'll know when you find it, and like any great relationship it just gets better and better as the years roll on.
So keep looking.
Don't settle.
My third story is about death.
When I was 17 I read a quote that went something like "If you live each day as if it was your last, someday you'll most certainly be right." It made an impression on me, and since then, for the past 33 years, I have looked in the mirror every morning and asked myself, "If today were the last day of my life, would I want to do what I am about to do today?" And whenever the answer has been "no" for too many days in a row, I know I need to change something.
Remembering that I'll be dead soon is the most important thing I've ever encountered to help me make the big choices in life, because almost everything--all external expectations, all pride, all fear of embarrassment or failure--these things just fall away in the face of death, leaving only what is truly important.
Remembering that you are going to die is the best way I know to avoid the trap of thinking you have something to lose.
You are already naked.
There is no reason not to follow your heart.
About a year ago, I was diagnosed with cancer.
I had a scan at 7:30 in the morning and it clearly showed a tumor on my pancreas.
I didn't even know what a pancreas was.
The doctors told me this was almost certainly a type of cancer that is incurable, and that I should expect to live no longer than three to six months.
My doctor advised me to go home and get my affairs in order, which is doctors' code for "prepare to die." It means to try and tell your kids everything you thought you'd have the next ten years to tell them, in just a few months.
It means to make sure that everything is buttoned up so that it will be as easy as possible for your family.
It means to say your goodbyes.
I lived with that diagnosis all day.
Later that evening I had a biopsy where they stuck an endoscope down my throat, through my stomach into my intestines, put a needle into my pancreas and got a few cells from the tumor.
I was sedated but my wife, who was there, told me that when they viewed the cells under a microscope, the doctor started crying, because it turned out to be a very rare form of pancreatic cancer that is curable with surgery.
I had the surgery and, thankfully, I am fine now.
This was the closest I've been to facing death, and I hope it's the closest I get for a few more decades.
Having lived through it, I can now say this to you with a bit more certainty than when death was a useful but purely intellectual concept.
No one wants to die, even people who want to go to Heaven don't want to die to get there, and yet, death is the destination we all share.
No one has ever escaped it.
And that is as it should be, because death is very likely the single best invention of life.
It's life's change agent; it clears out the old to make way for the new.
right now, the new is you.
But someday, not too long from now, you will gradually become the old and be cleared away.
Sorry to be so dramatic, but it's quite true.
Your time is limited, so don't waste it living someone else's life.
Don't be trapped by dogma, which is living with the results of other people's thinking.
Don't let the noise of others' opinions drown out your own inner voice, heart and intuition.
They somehow already know what you truly want to become.
Everything else is secondary.
When I was young, there was an amazing publication called The Whole Earth Catalogue, which was one of the bibles of my generation.
It was created by a fellow named Stewart Brand not far from here in Menlo Park, and he brought it to life with his poetic touch.
This was in the late Sixties, before personal computers and desktop publishing, so it was all made with typewriters, scissors, and Polaroid cameras.
it was sort of like Google in paperback form thirty-five years before Google came along.
I was idealistic, overflowing with neat tools and great notions.
Stewart and his team put out several issues of the The Whole Earth Catalogue, and then when it had run its course, they put out a final issue.
It was the mid-Seventies and I was your age.
On the back cover of their final issue was a photograph of an early morning country road, the kind you might find yourself hitchhiking on if you were so adventurous.
Beneath were the words, "Stay hungry, stay foolish." It was their farewell message as they signed off.
"Stay hungry, stay foolish." And I have always wished that for myself, and now, as you graduate to begin anew, I wish that for you.
Stay hungry, stay foolish.

Thank you all, very much.
--
Related articles by Zemanta

Marcadores: , , , , , , , , ,



# 6/14/2005 11:01:00 PM, Comentários, Links para esta postagem,