Vocês já notaram de como são tendenciosas as edições de notícias a respeito do Oriente Médio.
Sionistas espalhados pelo mundo dão o tom e comandam a máquina mediática mundial com as seguintes 12 regras:
No Oriente são sempre os árabes quem atacam primeiro, e sempre é Israel quem se defende. Essa defesa chama-se "represália".
Nem árabes, nem palestinos nem libaneses têm direito de matar civis. A isso chamam"terrorismo".
Israel tem direito de matar civis. A isso chamam "legítima defesa".
Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que o faça com maior comedimento. Isso se chama "reação da comunidade internacional".
Nem palestinos nem libaneses têm direito de capturar soldados israelenses dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. A isso conhecem como "sequestro de pessoas indefesas".
Israel tem direito de sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. O número atual está próximo dos 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil, mulheres. Não é necessário prova alguma de culpabilidade. Israel tem direito de manter sequestrados presos indefinidamente, já sejam autoridades democraticamente eleitas pelos palestinos. A isso chamam "prisão de terroristas".
Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatório acrescentar na mesma frase "apoiados e financiados pela Síria e pelo Irã".
Quando se menciona "Israel", é terminantemente proibido acrescentar: "apoiados e financiados pelos EUA". Isso poderia dar a impressão de que o conflito é desigual e de que a existência de Israel não corre perigo.
Em informações sobre Israel, há que evitar sempre que apareçam as seguintes locuções:"Territórios ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações dos Direitos Humanos" e "Convenção de Genebra".
Os palestinos, assim como os libaneses, são sempre "covardes" que se escondem entre uma população civil que "não os quer ali". Se dormem em casa com suas famílias, isso tem um nome:"covardia". Israel tem direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde dormem. A isso chamam "ação cirúrgica de alta precisão".
Os israelenses falam melhor inglês, francês, castelhano ou português que os árabes. Por isso merecem ser entrevistados com maior frequência e ter mais oportunidades que os árabes para explicar ao grande público as presentes regras de redação. A isso chamam "neutralidade jornalística".
Todas as pessoas que não estão de acordo com estas regras, são, e assim deve constar,"terroristas anti-semitas de alta periculosidades".
A utopia possível na sociedade líquida O sociólogo afirma que é preciso acreditar no potencial humano para que um outro mundo seja possível 03/08/ 009 Zygmunt Bauman Zygmunt Bauman é um dos pensadores contemporâneos que mais têm produzido obras que refletem os tempos contemporâneos. Nascido na Polônia em 19 5, o sociólogo tem um histórico de vida que passa pela ocupação nazista durante
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a Segunda Guerra Mundial, pela ativa militância em prol da construção do socialismo no seu país sob a direta influência da extinta União Soviética e pela crise e desmoronamento do regime socialista. Atualmente, vive na Inglaterra, em tempo de grande mobilidade de populações na Europa. Professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds, Bauman propõe o conceito de "modernidade líquida" para definir o presente, em vez do já batido termo "pós-modernidade", que, segundo ele, virou mais um qualificativo ideológico. Bauman define modernidade líquida como um momento em que a sociabilidade humana experimenta uma transformação que pode ser sintetizada nos seguintes processos: a metamorfose do cidadão, sujeito de direitos, em indivíduo em busca de afirmação no espaço social; a passagem de estruturas de solidariedade coletiva para as de disputa e competição; o enfraquecimento dos sistemas de proteção estatal às intempéries da vida, gerando um permanente ambiente de incerteza; a colocação da responsabilidade por eventuais fracassos no plano individual; o fim da perspectiva do planejamento a longo prazo; e o divórcio e a iminente apartação total entre poder e política. A seguir, a íntegra da entrevista concedida pelo sociólogo à revista CULT. CULT - Na obra Tempos líquidos, o senhor afirma que o poder está fora da esfera da política e há uma decadência da atividade do planejamento a longo prazo. Entendo isso como produto da crise das grandes narrativas, particularmente após a queda dos regimes do Leste Europeu. Diante disso, é possível pensar ainda em um resgate da utopia? Zygmunt Bauman - Para que a utopia nasça, é preciso duas condições. A primeira é a forte de "fim das utopias"? Bauman - Na era pré-moderna, a metáfora que simboliza a presença humana é a do caçador. A principal tarefa do caçador é defender os terrenos de sua ação de toda e qualquer interferência humana, a fim de defender e preservar, por assim dizer, o "equilíbrio natural". A ação do caçador repousa sobre a crença de que as coisas estão no seu melhor estágio quando não estão com reparos; de que o mundo é um sistema divino em que cada criatura tem seu lugar legítimo e funcional; e de que mesmo
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os seres humanos têm habilidades mentais demasiado limitadas para compreender a sabedoria e harmonia da concepção de Deus. Já no mundo moderno, a metáfora da humanidade é a do jardineiro. O jardineiro não assume que não haveria ordem no mundo, mas que ela depende da constante atenção e esforço de cada um. Os jardineiros sabem bem que tipos de plantas devem e não devem crescer e que tudo está sob seus cuidados. Ele trabalha primeiramente com um arranjo feito em sua cabeça e depois o realiza. Ele força a sua concepção prévia, o seu enredo, incentivando o crescimento de certos tipos de plantas e destruindo aquelas que não são desejáveis, as ervas "daninhas". É do jardineiro que tendem a sair os mais fervorosos produtores de utopias. Se ouvimos discursos que pregam o fim das utopias, é porque o jardineiro está sendo trocado, novamente, pela ideia do caçador. CULT - O que isso significa para a humanidade de hoje? Bauman - Ao contrário do momento em que um dos tipos passou a prevalecer, o caçador não podia cuidar do global equilíbrio das coisas, natural ou artificial.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) denunciou nesta quinta-feira que as tropas estadunidenses e forças de segurança privadas contratadas pelos Estados Unidos para atuar na Guerra do Iraque causaram graves danos ao sítio arqueológico da Babilônia.
Os vestígios arqueológicos da cidade sofreram deteriorações graves durante "escavações, desmantelamentos e nivelações de terreno", diz um informe elaborado pelo Comitê Internacional de Coordenação da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural do Iraque (CIC-Irak), divulgado nesta quinta-feira.
Soldados dos EUA fazem guarda na histórica Babilônia; Unesco denuncia danoao local histórico durante ocupação estadunidense:
Situada a 90 km ao sul da capital Bagdá, a cidade da Babilônia foi a capital de dois famosos reis da Antiguidade: Hamurabi (1792-1750 a.C.) e Nabucodonosor (604-562 a.C.). Hamurabi é o autor de um dos primeiros códigos jurídicos da humanidade, e Nabucodonosor foi o rei que mandou construir os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo.
Segundo o texto, as tropas e empresas contratadas por Washington cavaram centenas de metros de túneis pelas ruínas e usaram veículos militares pesados sobre o que eram caminhos frágeis de procissão.
"Houve dano considerável", disse o arqueólogo John Curtis, do Museu Britânico, que inspecionou o local após os EUA entregarem o controle de volta ao governo iraquiano.
O relatório afirma ainda que, durante a guerra, iniciada em 2003, a cidade arqueológica foi saqueada e coleções dos museus dedicados a Hamurabi e a Nabucodonosor, assim como na Biblioteca e nos Arquivos da Babilônia, foram destruídas.
O sítio arqueológico da Babilônia foi utilizado como base militar pelas forças armadas da coalizão no período entre 2003 e 2004.
Em informe próprio, o Museu Britânico compara os danos ao estabelecimento de um acampamento militar nas proximidades da Grande Pirâmide do Egito ou do pré-histórico Stonehenge no Reino Unido.
O texto afirma ainda que foram produzidos danos consideráveis em alguns elementos estruturais importantes, como a Porta de Ishtar e a Via Processional.
A agência cultural da ONU (Organização das Nações Unidas) quer transformar a Babilônia em patrimônio da humanidade para evitar vandalismo semelhante no futuro.
Os estadunidenses afirmam que a destruição causada por vandalismo seria maior caso as tropas não estivessem no local.