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Dreaming of going underground can symbolize a journey to the subconscious, or it can mean that the dreamer is wrestling with issues he or she is afraid to face. In addition, venturing underground during a dream can mean the dreamer is ready to explore previously hidden issues.

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vendredi 7 décembre 2007

A (des)vantagem do egoísmo

Imagine que você saiu para jantar com o pessoal do escritório, todas as 100 pessoas do seu departamento. Você está numa fase complicada de dinheiro, mas... Como a conta vai ser dividida por igual, por que não pedir lagosta? Se todo o resto do departamento pedir filé com fritas que custa 10 reais e você pedir a lagosta de 40 reais, todos pagarão R$10,30. Sua vantagem então será de R$29,70, contra um acréscimo de módicos R$0,30 para cada um dos outros colegas. Genial, não? Sim, se não fosse pelo fato de todos os outros pensarem de maneira análoga e todo mundo pedir os pratos mais caros do cardápio - até quem realmente gostaria de comer um simples filé com fritas pediria um prato caro para não ficar em desvantagem frente aos demais. No final, todo mundo vai pagar uma conta salgada. O que aconteceu nesse jantar hipotético ficou conhecido como a Tragédia dos Comuns, uma outra aplicação da Teoria dos Jogos.

A Tragédia dos Comuns é uma espécie de Dilema do Prisioneiro com um grande número de participantes. A deserção de cada indivíduo em particular afeta muito pouco o restante da coletividade, mas traz grandes vantagens para o desertor. Mas é justamente aí que está o problema: como cada um pensa que sua própria deserção tem pouco significado, todo mundo tende a desertar, o que faz com que a massa de pessoas desertando influencie significativamente o resultado de todo o grupo. No fim das contas, acontece o equilíbrio do sistema na situação em que todos desertam, de forma muito semelhante ao Dilema do Prisioneiro.

Na verdade, a Tragédia dos Comuns é um fenômeno percebido e estudado muito antes do aparecimento da Teoria dos Jogos. Na Europa da Idade Média, havia muita terra sem um dono específico, onde os pastores podiam criar seu rebanho livremente. Seria vantajoso para cada pastor sempre aumentar uma cabeça de gado no seu plantel. Acontece que, se todos agissem assim, em pouco tempo o pasto comum estaria superpovoado e todos sairiam prejudicados. Na Inglaterra medieval existiam leis para regular a quantidade de cabeças que cada pastor poderia cuidar nas propriedades comuns justamente para evitar que a coletividade saísse perdendo.

Hoje em dia, podemos perceber várias Tragédias dos Comuns acontecendo à nossa volta. Um bom exemplo pode ser visto no trânsito das grandes cidades. Repare nos automóveis na rua: a grande maioria deles tem um único ocupante. Todos sabem que o trânsito poderia ser muito melhor se as pessoas se organizassem de modo a andar com três ou quatro pessoas por carro. Mas, por outro lado, também existe a sensação de que "não é o meu carro que está fazendo com que o trânsito fique tão engarrafado". Pois é, a culpa é sempre dos outros...

Para evitar a tragédia dos comuns, existem duas opções: ou o Estado cria mecanismos legais para coibir determinadas práticas - como acontecia na Inglaterra da Idade Média; ou a própria comunidade cria mecanismos de autodefesa. Cada vez mais, a segunda opção tem sido utilizada. Os "Gérsons" não são exclusividade brasileira e o mundo todo tem adotado práticas auto-reguladoras. Em um mundo com recursos naturais cada vez mais escassos, mecanismos anti-Tragédia dos Comuns têm sido particularmente necessários para impedir que nós destruamos o planeta. O Protocolo de Kyoto é, no fundo, um mecanismo criado para evitar uma Tragédia dos Comuns ambiental. A não adesão dos Estados Unidos ao Protocolo seria equivalente à pessoa que pede lagosta no restaurante quando todos pedem filé com fritas - com o fator agravante do peso da deserção americana ser desproporcionalmente grande. Seria muito diferente se, por exemplo, o Uruguai não aderisse ao Protocolo.

Segundo os estudiosos das estratégias utilizadas em Teoria dos Jogos, a única forma de derrotar um jogador que adote a estratégia do "deserte sempre" é o ostracismo: não jogar com quem adota este tipo de estratégia. Mas como condenar o país mais rico e influente do planeta ao ostracismo? Isto é impossível e os Estados Unidos sabem disto. Justamente por isto que eles adotam a postura do "deserte sempre". É uma decisão racional dos Estados Unidos. Não é justa, mas é racional. A propósito: se alguém lhe disse que o mundo é justo, sinto muito, mas você foi enganado.

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posted by mikhail | vendredi, décembre 07, 2007 | 0 Comments, Links to this post,

jeudi 6 décembre 2007

a tragedia dos bens comuns

Em 1868, o pensador Garret Hardin definiu "tragédia dos bens comuns" como a utilização desordenada e competitiva dos recursos naturais que, ao mesmo tempo que pertencem a todos, não pertencem a ninguém em particular.

A menos dos recursos naturais do subsolo que, por força da lei, pertencem à União, recursos naturais como o ar e a água pertencem a todos. Evidente é, então, que não nos podem cobrar pelo ar que respiramos ou por aquela lata d'água que pegamos no rio. O uso desses recursos, a rigor, nunca poderá ser impedido. No caso da água poderá, até, ser um dia regulamentado.

Todavia, se o uso desses recursos naturais for realizado em prejuízo dos demais "donos", haveria o direito de se reclamar por esse fato.

Se, por exemplo, ao invés de pegarmos um simples balde d'água no rio, represarmos esse rio para um consumo maior, ou estaremos diminuindo a quantidade de água rio abaixo, ou modificando a qualidade dessa água, ou ambas as coisas, ensejando que os vizinhos, rio abaixo, sentindo-se de alguma forma prejudicados, reclamem.

Da mesma forma, se emporcalharmos o ar com gases e partículas, através que seja de uma simples queima ao ar livre, os demais "donos" do ar terão direito de reclamar. Em outras palavras, estará acontecendo um uso indevido de bens comuns, porque esses bens estão sendo "privatizados" sem uma contra-partida para seus outros "donos".

Da mesma forma, vê-se, hoje, a ocupação dos espaços públicos - bens comuns - pelos camelôs que comercializam seus produtos, ocupando calçadas, pelas quais pagamos via impostos, para usar; flanelinhas que nos cobram pelo estacionamento em locais oficialmente permitidos para tal, portanto públicos; levas de pessoas morando sob viadutos, mergulhando em chafarizes e colocando roupas para secar nas grades que protegem jardins e monumentos. Isso nada mais é do que uma privatização indevida, uma tragédia acontecendo aos bens comuns.

Voltando ao meio ambiente, ouvimos muito falar em poluição da pobreza (ou da miséria), que é uma realidade; estão aí, por exemplo, os garimpeiros que arrasam, com suas formas artesanais de garimpagem, áreas vegetadas e corpos d'água, via desmatamentos, assoreamentos e mercúrio, isso tudo devido à busca pela sobrevivência, a luta contra a miséria, que acabará (?) com a descoberta de alguns gramas de ouro ou de quilos de cassiterita.

Se tal garimpo existe, é porque a pobreza existe e, como conseqüência, milhares de pessoas, tais quais formigas no açúcar, buscam, cada qual, puxar para si o seu quinhão. Da mesma forma, existe o extrativismo, sem técnica alguma, de madeiras nobres em áreas ricamente florestadas; aí se toma, diretamente da natureza, um meio de subsistência.

Não tendo muito que forçar nossos raciocínios, vejam os grandes aglomerados de imigrantes que buscam empregos nos grandes, médios e pequenos centros mais afastados, realizando uma tremenda pressão sobre suas infra-estruturas, invadindo espaços muitas das vezes pertencentes à União, Estados ou Municípios, povoando encostas de forma desordenada, gerando favelas de toda sorte, fazendo aparecer valas negras que colocam em risco a saúde de todos que "nada" têm a haver com eles etc. É a poluição da miséria.

Como conclusão, podemos assinalar que a "tragédia dos bens comuns", tão bem comentada por Garret, há mais de cem anos, longe de ter sido minorada no decorrer dos tempos, cada vez mais se amplia.

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posted by mikhail | jeudi, décembre 06, 2007 | 0 Comments, Links to this post,

vendredi 9 novembre 2007

Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém

Havia um grande trabalho a ser feito e Todo Mundo tinha certeza que Alguém o faria.

Qualquer Um poderia tê-lo feito e Ninguém não fez.

Alguém se zangou porque era um trabalho de Todo Mundo.

Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo,
mas Ninguém não imaginou que Todo Mundo deixasse de fazer.

Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito.

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posted by mikhail | vendredi, novembre 09, 2007 | 0 Comments, Links to this post,

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