Baudelaire

Dreaming of going underground can symbolize a journey to the subconscious, or it can mean that the dreamer is wrestling with issues he or she is afraid to face. In addition, venturing underground during a dream can mean the dreamer is ready to explore previously hidden issues.

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vendredi 12 octobre 2007

baudelaire

"- Mon beau chien, mon bon chien, mon cher toutou, approchez et venez respirer un excellent parfum acheté chez le meilleur parfumeur de la ville."

Et le chien, en frétillant de la queue, ce qui est, je crois, chez ces pauvres êtres, le signe correspondant du rire et du sourire, s'approche et pose curieusement son nez humide sur le flacon débouché; puis, reculant soudainement avec effroi, il aboie contre moi, en manière de reproche.

"- Ah! misérable chien, si je vous avais offert un paquet d'excréments, vous l'auriez flairé avec délices et peut-être dévoré. Ainsi, vous-même, indigne compagnon de ma triste vie, vous ressemblez au public, à qui il ne faut jamais présenter des parfums délicats qui l'exaspèrent, mais des ordures soigneusement choisies."

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publié par mikhail | vendredi, octobre 12, 2007 | 0 commentaires, Liens vers ce message blog,

mardi 11 septembre 2007

O Cao e o Frasco - Charles. Baudelaire

O Cão e o Frasco - C. Baudelaire

"Meu belo cão, meu bom cãozinho, meu querido totó, chegue mais perto e venha aspirar um perfume excelente, comprado do melhor perfumista da cidade."

E o cão, abanando a cauda, que creio eu é nestes pobres seres o signo que corresponde ao riso e ao sorriso, se aproxima e pousa curiosamente seu focinho úmido sobre o frasco aberto; então, recuando subitamente, late assustado para mim em sonora reprovação.

"Ah, cão miserável, se eu tivesse lhe oferecido um pacote de excrementos você o cheiraria deliciado e talvez até o devorasse. Por isso você, indigno companheiro de minha triste vida, até você se assemelha ao público, ao qual não podemos jamais apresentar perfumes delicados que o exasperem, mas somente imundícies cuidadosamente escolhidas.

La Presse, 28/8/1862

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publié par mikhail | mardi, septembre 11, 2007 | 0 commentaires, Liens vers ce message blog,

samedi 1 février 2003

Bachelard, Rimbaud, Nietzsche, Lewis Carrol, e o penetra Baudelaire

Bachelard, Rimbaud, Nietzsche, Lewis Carrol, o penetra Baudelaire e muitos outros,
todos sentados em volta da mesma távola, arrancando nacos de carne macia e
comendo com mingau. Bachelard está sentado com um pouco mais de distância, e
ri com serenidade.

_Certo. Posso ouvir seu riso. Achas que se dirige a ti?
_A mim, diretamente, não. Às Condições de um contexto patético.
_Uma colocação retórica.
_Claro que é, se não fosse, em que classificação retórica alternativa isto se
enquadraria?
_Moldas tua face com a mesma argila de Sócrates, embora exiba a perícia de uma
criança analfabeta. Derrubas as construções alheias enquanto tu próprio não tens
nada a oferecer que não seja as ruínas do que demoliu.

Por outro lado, há a denotação de que esta é a síntese de todo o desenvolvimento
intelectual da história do Homem. As positivações feitas de equívocos dogmatizados,
seguida de uma revisita corretora até que se apague com o tempo toda a verdade até
então construída. Em prol do recomeço do sistema (que Orobobo muito bem tecido!

Do tamanho de todas as bibliotecas do mundo: milhares de Alexandrias, sua perda
e retomada sistemáticas).

Os números zero e um, agora em mil novecentos e noventa e nove, são os códigos
que se escreve mais rápido. Temos de nos ocupar, formigas cerebrais. Nas imagens
de Bachelard, os universos diurno e noturno se desenvolveram paralelamente.

Binariamente.

O pensamento sempre oscilou entre essas duas possibilidades
paradigmáticas opostas e complementares: a de exteriorizar o mais exatamente
possível sua representação pessoal do universo, a imaginação simbólica, ou por de
lado sua percepção pessoal em função das convenções necessárias à comunicação,
à participação e à identidade do seu grupo em torno de uma representação coletiva
da realidade, a representação sígnica. O pensamento binário que emana do novo
homem, o homem ciborgue, horrendo híbrido do homem lobotomizado e as máquinas
do capitalismo. Que brilhante idéia! Dessa vez, não podemos quebrar as máquinas,
pois elas somos nós.

Não é Bachelard que desenvolve a idéia de que o instante poético é uma "relação
harmônica entre dois contrários"? Heis o caos do homem e a lógica da máquina.
Misturamos os dois e temos o homem ciborgue.

E é nesse cenário que a arte de Rimbaud se encontra perdida, num universo frio e
binário desse final de milênio. Anacronismo? Não, pois não acredito em um tempo.
Acredito, sim, que há um modismo não salutar que mistura o humano com a
máquina, e retira-lhe o que o torna verdadeiramente humano e artístico: o erro, a
imperfeição, o pútrido. O contrário disso é a perfeição plástica, destituida
necessariamente de mensagens, como são os grandes tele jornais nacionais.

O tempo do corpo é um; como poderíamos nos defrontar diante o tédio? Quem nos
explicaria a razão de estamos de forma constante e ritmada cercados em celas duras
de concreto, pretendendo experimentar o mundo através de uma tela de areia polida
que brilha? Se todos os corpos humanos fossem desfilar fora de suas casas, seu
corpo moldado pela inércia - que espetáculo! Um congestionamento irresistível.

Alisando com a leveza de uma amante esta visão preciosa, temos uma postulação,
que emerge do leite suave de tal rosa: vivemos para nos mantermos imóveis, entre os
dois momentos que necessariamente temos de espender cuidando das funções
fisiológicas e cumprindo o que nos toca para que sempre seja assim.

_Volta e meia acontecem coisas nessa vida tão fechada em sua pré programação. Os
dramas, as tragédias pessoais. Frentes a estes abismos vemos a dimensão oculta na
vida comum. Pois, se não há profundidade nos cânones, por que motivo ela está (é)
ali? Encrustrada em nós, consumindo carne demais, pervertendo a grande economia
universal. Denotando, e fazendo-nos gargalhar chorando como loucos! _É
indispensável que se resolva esse paradoxo.

_Tens medo?
_Não, pavor. Quero saber qual das mortes é menos amarga. E, se, afinal, me apraz o
assassino.
_O quê?
_O peso. É praticamente um fratricídio em primeiro grau.
_Estenda-se no assunto, por favor.
_Uma vez ouvi as considerações de um homem sobre a inexistência da obrigação:
sempre é possível assassinar-se!
_Com ressalvas. Pois bem. E se, a priori, somente as possibilidades em vida me
forem convenientes?

Cabe à consciência subjetiva a escolha de sentido para a própria existência. Até
então, o que foi feito limitou-se em recortar-se e cozendo retalhos de dogmas
institucionais. Estes não se confrontam, mas se locupletam evitando o silêncio.
Reflexivo, Franscis Bacon já alertava sobre a impossibilidade de transpor o discurso
científico para o terreno cotidiano, sob a pena da incapacidade comunicacional, e
por conseguinte, lógica.

O indivíduo natimorto viu-se ambulando pelas ruas, com todas as permissões que
pudesse articular, e obviamente não articulou. Olhou o seu rosto longamente, do
espelho d'água romana ao da parede do café francês, e pôde até contemplar alguns
pictogramas bem mais antigos. O insight cansado: não se pode ser cético todo o
tempo. A recusa da sitemática de chavões desce a mente humana ao caos primordial.
O conhecimento ao qual temos disposição foi uma ordem assentada por milênios e milhares. São precisos dois para a dialética e linguagem... Não se desvela, dessa forma, o embuste do sujeito?

Terminações em vidro é o que temos. Nervos em cujas pontas se refratam as cons-truções
exteriores. Por dentro, a transparência natural da matéria. Suporte neutro
de abstrações. Os cotos deslizam por sobre as superfícies e sentem as texturas me-morizadas
do ideal, antes das vilosidades comuns. Raramente poesia; um estalo.
Rachaduras incongruentes com os monumentos ao perfeito encaixe. Mas isto são
choques térmicos, chamados de revoluções, por falta de outra palavra menos triste.

Bachelard descobriu na aparente contradição entre o sígnico e o simbólico um vali-oso
método de interpretação dialógica: alternar o estudo científico dos signos com a
imaginação criativa, a meditação sobre o conteúdo simbólico da linguagem. Temos,
assim, duas faces da produção intelectual: a 'diurna' da exigência de objetividade do
pensamento lógico; e a 'noturna', onde a subjetividade mergulha no inconsciente.

Dessa forma, por um lado, o conhecimento científico é sempre a reforma de uma
ilusão, e, por outro, é a intuição e a imaginação criativa que são como alimentos que
renovam a atividade crítica do pensamento. Alguns cientistas atuais identificam
essas duas facetas da atividade mental como um produto direto do funcionamento
dos dois hemisférios cerebrais, onde o lado esquerdo desenvolve o simbólico-afetivo
e o direito, o lógico-racional.

Imensidão, jardins selvagens "à inglesa", contrastes bruscos, aridez da seca e das
queimadas, exuberância de brotos e flores após as queimadas, colinas sinuosas,
águas cristalinas, veredas, a verticalidade dos buritizais em contraposição aos vas-tos
horizontes, pedras lisas erodidas pelos ventos e pelas águas, aspereza de folhas
grossas como couro, crepúsculos vermelhos como a poeira adstringente que tudo
cobre, monotonia de uma paisagem que se estende tanto que quase perde seu en-canto.

O olhar aventureiro e admirado do estrangeiro projeta seus referenciais cul-turais
sobre estes ermos exóticos, incorporados ao seu repertório, leva-nos aos rudi-mentos
de uma visualidade do sertão, lugar de contrastes variados paradoxalmente
repetitivos. Estamos, então, em condições de ver como, entre esses jardins selva-gens
e casuais, podem-se encontrar as estruturas de um olhar, de uma visualidade
do deserto.

Segundo Bachelard, "a cabana do eremita é uma glória da pobreza. De despojamento
em despojamento ela nos dá acesso ao absoluto do refúgio". Esse jorro de metáforas nos leva às considerações de que, para ele, a "consciência da imensidade faz do escritor romântico um herói da contemplação. Por sua "mise-en-scène", ele faz trabalhar uma imaginação do excesso. Esta imaginação vai entrar, por este excesso, em comunicação com a terra imensa. "Se substituíssemos, nessa citação, o termo de escritor pelo de artista plástico, ou simplesmente pelo de espectador, teríamos, então, diante de nós, alguém vivenciando sensações de "onirismo panorâmico" que correspondem à "contemplação da paisagem cuja pro-fundidade e extensão parecem chamar pelos devaneios do ilimitado".

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publié par mikhail | samedi, février 01, 2003 | 0 commentaires, Liens vers ce message blog,

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