Interessante
Confirmado: a matéria é resultado de flutuações do vácuo quântico
A teoria de que a matéria não tem fundações tão firmes quanto sugerem termos como "concreto" e "sólido" não é tão nova. Mas esta é a primeira vez que os cientistas conseguiram demonstrar que a matéria se origina de meras flutuações do vácuo quântico.
Modelo
Padrão da Física
Uma equipe internacional de físicos demonstrou de forma conclusiva que o Modelo Padrão da física das partículas - a teoria que descreve as interações fundamentais das partículas elementares para formar toda a matéria visível no universo - explica com precisão a massa dos prótons e dos nêutrons.
"Mais de 99% da massa do universo visível é formado por prótons e nêutrons," afirma o estudo, publicado na revista Science. "Esses dois tipos de partículas são muito mais pesados do que os
quarks e glúons que as constituem, e o Modelo Padrão da física deve explicar essa diferença."
O que faz com que a matéria seja matéria?
Cada próton e cada nêutron é formado por três quarks. Ocorre que esses três quarks juntos respondem apenas por 1% da massa de todo os prótons ou nêutrons. A explicação conclusiva que faltava era: Então, o que responde pelo restante da massa dessas partículas? Em outras palavras, "O que faz com que a matéria seja matéria?"
O Dr. Andreas S. Kronfeld explica que, como os núcleos atômicos formam quase todo o peso do mundo, e como esses núcleos são compostos de partículas chamadas quarks e glúons, "os físicos acreditam há muito tempo que a massa do núcleo atômico tem sua origem na complicada forma com que os glúons se ligam aos quarks, conforme as leis da cromodinâmica quântica (QCD -
Quantum ChromoDynamics)."
Partículas virtuais
Os glúons são uma espécie de "partículas virtuais," que surgem e desaparecem de forma aleatória. O campo formado por essas partículas virtuais seria responsável pela força que une os quarks - a chamada força nuclear forte.
Ocorre que, como o número de interações reais e virtuais entre quarks e glúons é estimada na casa dos trilhões, é incrivelmente difícil, ou até mesmo impossível, usar as equações da QCD (cromodinâmica quântica) para calcular a força nuclear forte.
Os pesquisadores então criaram uma nova técnica, batizada por eles de Rede QCD, na qual o espaço é representando na forma de uma rede discreta de pontos, como os
pixels de uma tela de computador. Este modelo permitiu que os cientistas incorporassem toda a física necessária e deu a eles o controle das aproximações numéricas e da
taxa de erros nos cálculos da massa dos hádrons - prótons, nêutrons e píons.
A rede QCD reduz toda a complexidade das equações virtualmente insolúveis em um conjunto de integrais, que puderam ser programadas para solução em um programa de computador.
Isto permitiu que, pela primeira vez, os físicos incluíssem em seus cálculos as interações quark-antiquark, uma das maiores complexidades da força nuclear forte.
Agora, além dos glúons, eles sabem que a massa dos quarks-antiquarks se origina da flutuação do vácuo quântico.
Diferença entre acreditar e saber
Conforme os pesquisadores, agora é possível eliminar a expressão "os físicos acreditam", substituindo-a por "os físicos sabem", quando o assunto é a QCD.
Segundo o Dr. Kronfeld, os cálculos revelaram que, "mesmo se a massa dos quarks for eliminada, o massa do núcleo não varia muito, um fenômeno algumas vezes chamado de 'massa sem massa'."
Toda a matéria do universo é virtual.
A forma como a natureza cria a massa dos quarks é um dos assuntos de maior interesse dos físicos que irão trabalhar no Grande Colisor de Hádrons, o
LHC,, que deverá começar a funcionar em 2009.
O LHC vai tentar confirmar experimentalmente a existência do chamado campo de Higgs, que explica a massa dos quarks individuais, dos elétrons e de algumas outras partículas. Ocorre que o campo de Higgs também cria a massa a partir das flutuações do vácuo quântico.
Ou seja, com a atual confirmação de que a massa dos glúons e quarks-antiquarks tem sua origem na flutuação do vácuo quântico, se o LHC confirmar a existência do campo de Higgs, então a conclusão inevitável será de que toda a matéria do universo é virtual, originando-se de meras flutuações de energia.
Fonte:
Portal da inovação tecnológica (recomendo uma visita)
Marcadores: cern, interessante, lhc, physics, quark, tecnologia
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11/24/2008 12:00:00 AM,
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Mudastes, Mutantes!
Humanos reduziram taxas de mutação devido às mudanças de padrões reprodutivos.
Evolução humana chegou ao ápice, diz geneticista
Um professor da Universidade de Londres afirmou que a humanidade chegou ao fim de sua evolução.
O geneticista Steve Jones, em uma conferência chamada "O Fim da Evolução Humana", argumentou que, devido aos avanços da tecnologia e da medicina, já não são apenas os mais fortes que passarão seus genes para a geração seguinte.
Ele sugeriu que o tipo de homens que encontramos no mundo hoje é o único que haverá - porque os seres humanos não ficarão mais fortes ou inteligentes ou saudáveis.
"Acho que todos estamos de acordo com o fato de a evolução ter funcionado de forma adequada para o ser humano no passado", afirmou o cientista à BBC.
Evolução e passado
"Um dos exemplos está nas razões que permitiram que o homem negro vivesse na África e o branco pudesse viver na Europa."
"O homem branco perdeu o pigmento de melanina da pele, absorvendo mais radiação solar e produzindo mais vitamina D, permitindo que seus filhos crescessem mais saudáveis."
"Este é apenas um exemplo, há vários outros. Ao compreender como foi a evolução no passado, podemos deduzir como será no futuro", afirmou.
Segundo o cientista, para que exista evolução são necessários três fatores: seleção natural, mutação e mudanças aleatórias.
O cientista acredita que os humanos reduziram de forma inesperada nossas taxas de mutação devido às mudanças de nossos padrões reprodutivos.
Estes padrões reprodutivos incluem mudanças sociais como os padrões de casais e os mecanismos anticoncepcionais. As substâncias químicas e a poluição também alteraram a genética humana.
Mas, o fator mais importante que alterou as mutações é a redução do número de homens mais velhos que têm filhos.
Mutações
Diferente das mulheres que, com o avanço da idade produzem menos óvulos, os homens nunca deixam de produzir espermatozóides.
Quando o homem chega aos 29 anos, em média a idade de procriação masculina ocidental, ele já copiou e repassou 300 vezes o espermatozóide original que o criou (e que foi passado por seu pai). Em um homem de 50 anos, isto já ocorreu mil vezes.
Cada vez que o espermatozóide é copiado e repassado, ocorrem divisões celulares, cada uma com possibilidades de mutação, e talvez de erros.
Desta forma, com menos pais em idade avançada existem menos possibilidades de passar para a geração seguinte mutações ou defeitos aleatórios. Sem seleção
"Outro fator (a ser levado em conta) é a diminuição da seleção natural", afirmou Jones.
"Na antiguidade a metade das crianças que nasciam na Inglaterra morria antes de chegar aos 21 anos e estas mortes eram a base da seleção natural."
"Hoje, em grande parte do mundo desenvolvido, 98% destas crianças sobrevivem, chegam aos 21 anos, quase não existem diferenças entre os que morrem e entre os que sobrevivem antes de se reproduzirem", acrescentou o cientista.
Segundo o cientista também foi reduzida a quantidade de mudanças aleatórias na raça humana.
"Atualmente os humanos são 10 mil vezes mais comuns do que deveríamos ser, tendo como base as regras do reino animal. E isto se deve à agricultura."
"No mundo todo, todas as populações estão cada vez mais ligadas e as possibilidades de mudanças aleatórias estão diminuindo", afirmou Jones.
De acordo com o geneticista, "estamos nos misturando em uma espécie de massa global e o futuro não será branco e negro, será cor de café".
"Acredito que vão ocorrer mudanças, mas nossas mudanças não serão físicas, serão mentais", afirmou Jones.
Marcadores: 2008, interessante, tempo, Vida
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10/09/2008 01:25:00 PM,
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Vaidosos, consumistas, acomodados

A seguir, um interessante estudo que mapeou os valores e o comportamento de jovens brasileiros, tomando por referência um público entre 12 e 30 anos, de oito das maiores cidades brasileiras.
O Eu fraco
Esta geração se enxerga "vaidosa, consumista e acomodada", marcada principalmente pela individualidade e vítima de um sistema que impõe o consumo desenfreado - um padrão insustentável, dado que não existem recursos naturais nem o planeta agüentaria se todo mundo e cada um tivesse carro, celular, iPod e um microcomputador.
"Me revolto sozinha, em casa".
Ninguém enxerga um jeito ou caminho para agir. Faltam exemplos, faltam meios para se organizar coletivamente. A responsabilidade de todos e de cada um está diluída - a ação é individual, mas os danos são coletivos. Essa geração já nasce pagando a dívida deixada por seus antepassados, e a forma apocalíptica como vem sendo tratado o tema não ajuda a engajar - aquecimento global, falta de água, desmatamento são questões distantes e ainda intangíveis - "peças isoladas de um grande quebra-cabeça que nem todos conseguem montar".
"Poluição é uma outra palavra para envenenamento".
O canal das imagens clipadas conclama então o público presente - formado em sua grande maioria por publicitários e imprensa, a reorientar o trabalho de mídia, e "erotizar" o tema sustentabilidade, no bom sentido de criar desejo de conscientização e atitude diante da causa.
Sustentabilidade e meio ambiente tem haver com a idéia de relação com a vida e com o outro, o contrário de individualismo e competição. Nossa espécie só sobreviveu no tempo graças a sua capacidade de cooperação - estamos TODOS nesse processo, no mesmo nível, pisando no mesmo chão.
E por fim, 'felicidade' na origem do termo significa 'fertilidade' - vida e vitalidade em abundância. O recado foi passado: a vida é muito curta para ser pequena.
Os cinco perfis de comportamento identificados na pesquisa:
- OS COMPROMETIDOS (17%) "sou consciente, ajudo a conscientizar, faço o que posso".
Separam lixo, consomem produtos orgânicos, reutilizam papel na impressão, evitam usar sacolas plásticas e buscam alternativas para diminuir o uso do carro. Economizam água e energia e não jogam lixo na rua. Esperam do governo mais campanhas que ensinem a população a preservar o meio ambiente.
- OS TEÓRICOS (26%): "sou consciente, mas não faço tudo o que deveria"
Têm o maior conhecimento teórico e são os mais idealistas em relação a causas ambientais, mas sua atuação efetiva no dia-a-dia não é tão alta.
- OS REFRATÁRIOS (20%): "não me importo, não me esforço"
Eles até se preocupam com o futuro dos filhos e com o tempo que as coisas levam para se decompor na natureza: "mas esse é um problema para outras gerações". São menos idealistas: preferem trabalhar infelizes por dinheiro a trabalhar por prazer.
Não fizeram nenhuma mudança no dia-a-dia pela causa.
- OS INTUITIVOS (21%): "gostaria de ter mais conhecimento para fazer"
Não demonstram domínio sobre o assunto ou consciência ecológica. Apesar disso, economizam água e energia, têm cuidado com o lixo e o gasto de papel.
- OS ECO-ALIENADOS (16%): "sou alienado, ha-ha-ha-ha-ha!"
"Acho que não me interesso. Quando passa no Fantástico fico chocada, mas passam cinco minutos, aí esqueço".
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Fonte:
http://underpop.online.fr/v/vaidosos-consumistas-acomodados/
Marcadores: Antropologia, Arte, curiosidade, dica, interessante, Internet, Social
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9/10/2007 04:56:00 PM,
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