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ZERO | VÍRUS DE EMAIL | CONTRAPONTOO vírus de email existe!Me surpreende a afirmação de que o vírus de email não existe. Todo usuário da Internet com alguma experiência já recebeu alguns. Apesar do pessoal técnico jurar de pé junto que ele não existe, ele continua fazendo o que todo vírus faz: se reproduzir. Mas como? Se os emails não podem ser executados como programas e os vírus precisam ser executados para poderem se instalar, como é possível que um vírus seja transmitido por email? E mais, um vírus que atinge usuários de qualquer sistema operacional. A resposta é mais simples do que parece. Muito antes do homem começar a usar chips de silício para processar informação ele já fazia uso de cadeias de proteína para este fim. O programa de um vírus de email não é executado no processador de seu computador, mas sim na sua mente. Assim como um vírus biológico pode assumir diferentes formas no seu ciclo de infecção, o vírus de email passa de arquivo texto a uma imagem na tela do computador a impulsos no nervo ótico, é processado no cérebro e através de contrações dos músculos dos dedos retorna à forma digital multiplicado. Este tipo de fenômeno é o campo de estudo da memética, sim, MEMética. Memes são os elementos básicos com que são construídas nossas mentes e cultura, assim como os genes são os elementos básicos com que a vida biológica é construída. O conceito de meme apareceu pela primeira vez em 1976 no livro The Selfish Gene do conceituado zoólogo de Oxford, Richard Dawkins. A grande sacada da memética é aplicar os conceitos de evolução Darwiniana ao mundo das idéias. Segundo a memética uma idéia vai se espalhar não por que ela é uma "boa idéia", mas porque ela contém "boas memes" como perigo, comida e sexo que apertam nossos botões evolucionários forçando-nos a prestar atenção. Para entendermos como um vírus de email funciona vamos analisar uma variante do GOOD-TIMES:
Vejamos o primeiro trecho:
O vírus começa apertando o botão de perigo no cérebro da vítima, uma forma segura de atrair a atenção.
Aqui encontramos o código viral, usando o nome da Micro$oft para dar autoridade à mensagem e levando a crer que pouca gente sabe do perigo, instrui a vítima a enviar cópias do vírus para todos os seus conhecidos que tem email.
Ao mandar uma mensagem para um grande número de usuários, é muito provável
que a vítima receba algumas mensagens Como a vítima é instruída a apagar sem ler esta mensagem, ela não percebe que se trata de um mero aviso de que alguém foi poupado de receber o vírus e toma isto como a confirmação do perigo. Se ela ainda não avisou todos os seus conhecidos agora ela vai avisar, afinal esta informação acabou de salvar todos os componentes de seu micro.
Para terminar, usa o nome da AOL para afirmar que ninguém está seguro e mais uma vez o código para reprodução do vírus. Espero com isto ter mostrado que os vírus de email não só existem, mas são um perigo real. O vírus analisado poderia conter além de sua casca viral e mecanismo de reprodução, instruções maliciosas que poderiam causar danos à vítima, por exemplo: instruções de como se "proteger" do vírus apagando arquivos necessários ao bom funcionamento do computador ou alterando configurações de segurança do sistema. Caio Barra Costa
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