Criticando Casa do Alemão - Leblon

Conheço a Casa do Alemão desde que me entendo por gente. Talvez até antes disso, dada a minha promiscuidade ancestral com os croquetes e sanduíches locais. Na segunda, saí do jornal com dia claro. E pensei: "O que poderia ser melhor do que conhecer a filial Leblon, aberta no final do ano passado, quando a casa completou 65 anos?". A este pensamento brilhante, acrescentei outro: "O que poderia ser melhor do que contar com a companhia do bom e velho Dudu?". Convite aceito, tocamos para lá. Antes, porém, julguei necessário tomar omeprazol, pois estava decidido a não ser singelo. E fiz uma recomendação ao velho amigo: - Não me venha com críticas desnecessárias, tá? Estamos de bom humor. Começamos com os célebres croquetes (R$ 3,80, cada). Pedi dois de carne. - O de frango é melhor. - Dá licença? Conheço este croquete desde a infância e pretendo me ater à tradição. Tudo bem? - Tudo. Como queira. (Acabei pedindo um de frango, realmente delicioso). Passamos aos sanduíches. Linguiça com queijo para ambos, a R$ 9,20. Resolvi pedir o meu no brioche e... - Mas e a tradição? Pão careca, já!!! Afinal, não é você que... - Não enche. O brioche está incrível, derretendo na boca. É bom inovar, não acha? Bom, vou pedir cerveja... Eles têm ótimas cervejas aqui. (As alemãs Frankiskaner Dunke, a R$ 15,80 por 500ml, e Hoegaarden, a R$ 9,50 pela garrafinha de 330ml, não me deixam mentir.) - Álcool a essa hora? Humpf. - Se você começar a me perturbar, peço caipisaquê! (R$ 16). - Tá. A tarde está linda, a casa é ótima... Ainda estamos de bom humor, certo?