Criticando Black Bar
Há mais ou menos um mês, jantei com um amigo no Chez L'Ami Martin, no final da General San Martin. E percebi, ao lado do bistrô, um espaço sendo reformado. Na época, não liguei. Outro dia, porém, soube que havia surgido um bar ali. Black Bar. Era preciso conferir. Cheguei antes dos amigos e me aboletei na varanda. Vi um bar escurinho, com duas TVs sem som (obrigado, Senhor!)exibindo belas formas psicodélicas. A garçonete me disse que se tratava de um DVD feito para a casa. Gostei. Fiquei curtindo a música e perguntei se era uma play list criada para o bar. - Tem um DJ ali no canto. O senhor não viu? Não tinha visto. Mas gostei da ideia de ter um DJ. (Só não gostei de ser chamado de senhor. Humpf!) A demora dos amigos não me incomodou, pois o bar tem jeitão de lounge, sem mesas, só bancos, mesinhas baixas e sofás. (Ou seja, um cara de meia-idade sozinho não chamava tanto a atenção assim.) Me senti em casa e pedi um bloody wine, drinque inventado ali, que mistura vinho tinto, frutas da estação, espumante e aperol, aquele aperitivo italiano meio amarguinho e delicioso (R$ 18). Os amigos escolheram os comes. Batatas rústicas com aïoli e molho barbecue (R$ 17,80) e minilinguiças em mel, shoyu e gergelim com mostarda (R$ 28). As batatas estavam perfeitas. As linguiças, idem, suculentas e sequinhas. As porções não eram gigantescas, mas mataram nossa fome direitinho. Conversando com a simpática Marlene, francesa que passa quatro meses por ano no Brésil e é sócia da casa, descobri que o Black é multinacional: os donos são duas gaulesas, uma italiana e um brasileiro. Pelo que vi, é um exemplo do que a união dos povos pode trazer de melhor.