Criticando Quiosque Arab

Passei o domingo pedalando, pedalando, pedalando sem parar. Ventinho no rosto, calor na medida e um cair da tarde campeão (aliás, será que abocanhamos as Olimpíadas de 2016?). Quando a fome bateu, peguei a ciclovia da Lagoa e não titubeei: estacionei minha "bice" (como chamam os paulistas) em frente ao Arab, quiosque das antigas de comida árabe. Aliás, bem em frente ao Arab, no cantinho esquerdo da foto, repare só, lá está o aro da minha bicicleta estrategicamente posicionado para não atrapalhar o visual agraciado com uma estrela no recém-lançado "Guia Michelin Rio". Afora a paisagem e o prazer de comer ao ar livre, gosto muitíssimo da cozinha árabe (há sempre um árabe no comando de tudo) e lamento não termos tantas opções do gênero como, por exemplo, temos de japas. Nas proximidades do jornal, estamos bem servidos: a Saara é logo ali. Daí, volta e meia deixo a redação e dou um pulo lá, onde encaro um combinado daqueles que reúnem o melhor da culinária (quase sempre) libanesa. Salivo ao me lembrar da coalhada seca e fresca para regar com azeite, que nem extravirgem precisa ser. E de um bom pão pita (gosto de "boina"), que no Arab é feito na hora (um de seus grandes trunfos). Chega estufado, como um travesseiro de pena de ganso. Delícia. O mix árabe da casa é sob medida: labne (coalhada), hommus tahine (grão-de-bico com gergelim), baba ghanoush (pasta de berinjela), chanclich (ricota temperada), tabule e pão. Custa R$ 48, para dois. Sugiro reforçar com porções de miniquibes ou miniesfirras abertas (R$ 16, cada porção). Parar no Arab cai bem a qualquer hora da noite. E do dia, que começa cedo: a partir das 9h, serve-se café da manhã (R$ 26, para dois) por lá. Já me programei: será o meu próximo pit stop.