Criticando Mamma Jamma
Mamma Jamma. Uma leva de pizzarias abriu ou está por abrir na cidade. E não apenas elas: vêm por aí novas kebaberias, foccacerias, galeterias, kombos e bentôs. Carioca adora uma onda e estas são as da vez. Fui conhecer a Mamma Jamma, pizzaria que saiu na frente e já anda de casa cheia. Instalou-se no lugar do antigo Saturnino, bar que tinha uma árvore dentro, no Jardim Botânico. E que era bastante barulhento. O Mamma manteve a árvore. E continua bastante barulhento. No mais, nada de um remete ao outro. Por trás das fornadas das pizzas está uma equipe egressa da paulista A Tal da Pizza, que, mais do que em Sampa, fez sucesso mesmo em Brasília. Era a pizza preferida de nossos congressistas. E de pizza essa turma entende como ninguém... Já teve filial no Rio, mas tão looonge que poucos conheceram. Fechou logo. As fornadas da casa são diferentes. Nada de selos D.O.C. e do exageradíssimo D.O.C.G. (Denominação de Origem Controlada e Garantida, quem aguenta?). A massa é gostosa (passa de três a cinco dias fermentando), mas tipo massuda. Chega à mesa sobre uma pedra de granito e já cortada em fatias finas, para a gente comer com a mão. Curtição. Contei 16 pedaços, o que deu perfeitamente para três. A casa tem uma bancada de antepastos gostosos e uma seleção surpreendente de extravirgens: 30, contados nos dedos (limpinhos). Pedimos a Mamma Jamma (queijo curado e Grana Padano com linguiça calabresa, R$48,90) e a de berinjela desidratada com mozarela curada, tomate assado, manjericão, pesto e Grana Padano (R$43). Fechamos com a Gran Finale, que foi assim descrita pela nossa atendente: "camadas de açúcar com canela da Índia, incontáveis rodelas finíssimas de banana caramelizadas no forno e um orvalho de rum cubano envelhecido" (R$25). Incontáveis rodelas de banana? Orvalho de rum? O gran finale foi o melhor da noite. (Crítica publicada em 27 Novembro 2009)