Criticando Cena Bar
Fazia tempo que eu namorava o Hotel Arena, na Avenida Atlântica, um dos retrofits mais bem-sucedidos que já vi. (Antes, era o Trocadero, inaugurado em 1958.) Passava por ali e procurava o bar. Ao nível da rua, nada. Na segunda-feira, tomei coragem para perguntar. Sim, o hotel tem um bar na cobertura, junto à piscina. E, sim, é aberto ao público. Oba! Tomei coragem, de novo, para convidar meu amigo Dudu para um drinque ao cair da tarde. Explico: Dudu não bebe e eu não sabia se haveria comes por lá. - Vai ter comida? - Vai, claro - menti. Há comes. Antes de pedirmos, porém, resolvemos curtir a vista. - Dá para ver tudo daqui. De Niterói ao Leme, passando pelo Posto Seis. Copacabana ainda merece a alcunha de Colar de Pérolas. E o silêncio... Olha a lua! - Semana passada, a lua estava cheia, bem maior... Vem cá, bar de hotel, tudo muito bonitinho... Vai custar uma baba, não? (Dai-me forças...) - Só vamos saber quando pedirmos. Ao filé aperitivo (R$ 26, macio e bem temperado) seguiram-se corretas bolinhas de provolone à milanesa (R$ 20). Até aí, preços mais que razoáveis. Para beber, bloody mary (R$ 12) para mim e daiquiri frozen (R$ 15) para o amigo. - Agora você bebe? - Entrei numa. Está bem feito, o preço é bom... E EU sei a hora de parar. Além de eu adorar bar de hotel, tinha a vista, uma brisa que já não sopra no calçadão, Dudu amolecido pelo álcool... O porém se deu na hora de pagar: não há máquinas para passar cartões na cobertura. É preciso pagar na portaria. Num hotel tão jovem (um ano), quatro estrelas... Mas a vista compensa.