Criticando Bar do Copa

Imagino que ninguém vá ao Bar do Copa, voltado para a piscina do Copacabana Palace, pensando em encontrar a Mulher Melancia. Ou a Mulher Abóbora, Morango, Pepino e outras adeptas do estilão. Ou vai? Bem, nós, definitivamente, não. Não nas dependências do Copa. E pagando R$ 80 só para colocar o saltinho no pedaço. Daí, foi um susto entrar ali numa terça-feira, com o hotel repleto de personalidades (os ministros Ellen Gracie e Fernando Haddad, por exemplo) e dar de cara com o climão hortifruti que imperava. E veja a ironia: eu estava com os "cabeças" do "Michelin- Rio", guia que está sendo feito sobre a cidade, com lançamento previsto para setembro. Mais: a ideia de conhecermos juntos o espaço (ora, ora) tinha sido minha! Custamos a entender o que se passava na casa (nós e a socialite Lourdes Catão e duas amigas, que acabaram partindo), até perceber que se tratava de uma festa de aniversário. Pena que a veterana promoter que recepcionava os convivas não teve o bom-senso de fechar a casa, naquela noite, só para o evento. O bem seria geral. Afinal, quem quer ser penetra em festa alheia? O jeito então foi nos fixarmos no cardápio do chef Francesco Carli, que, apesar de puxar nas frituras, é gostoso e original. Como éramos seis, exploramos bem as novidades: creme de foie gras com ragu de pêra (R$ 40), trilogia de mini-hambúrgueres (boi, cordeiro e pato, R$ 42), blinis de polenta com bacalhau (R$ 41), variações do mar (patinha de caranguejo, bolinho de bacalhau, ceviche, camarão, lagostinha e tempura de legumes, R$ 50) e folheado de parmesão com creme de alcachofra, o melhor (R$ 45). Os drinques, felizmente, nos deixaram mais leves. Provamos Mick Jagger (Drambuie com chocolate branco, a R$ 18) e Ava Gardner (vodca, pêssego, cranberry e água gasosa, a R$ 22). E quando, enfim, deixei o bar e me deparei com a imponência do Cipriani, a beleza da piscina iluminada, não me perdoei por ter ficado tanto tanto tempo lá.